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"Um dia virá em que só se terá um único pensamento:A EDUCAÇÃO,"(Nietzsche) "Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar".(Thiago de Melo)

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Crie Uma Ótima Apresentação No Power Point

Crie Uma Ótima Apresentação No Power Point

Por: Sandra Regina da Luz Inácio

Se o pensamento de apresentar-se em frente de uma platéia lhe faz tremer os joelhos, tente estes truques para melhorar suas técnicas de apresentação:




  1. Criar um esquema: Você pode pensar que não precise descrever os tópicos de sua apresentação, mas isso provavelmente vai lhe poupar tempo e aborrecimentos futuros. Expondo toda a sua apresentação, lhe permite organizar o fluxo de informação e garante que você tenha incluído todas as questões relevantes.




  1. Determinar o número adequado de Slides: Se você estiver usando Power Point, a regra geral é que cada slide exigirá dois a três minutos de discussão. Você conhece melhor o seu tema, mas 25 a 30 slides provavelmente seria apropriado para uma apresentação de uma hora.




  1. Limite a quantidade de texto: Slides com textos longos fará o seu público-alvo perder mais depressa o interesse. Tente colocar não mais de cinco itens descritos nos slides, e sempre que possível. Isto significa que você deve ilustrar o tema com mapas, gráficos, imagens gráficas, ou outros recursos visuais para manter o seu conteúdo atraente.




  1. Minimizar os sons de sinos, assobios, etc.: Vários slides com ruído, pode distrair o público como também irritar algumas pessoas. Distrair o seu público em determinados momentos de descontração é necessário, mas saiba exatamente quando e os motivos. Resista à tentação de apimentar seus slides com animações ou música, a menos que realmente aumenta a sua mensagem.




  1. Revise e verifique a ortografia: A apresentação pode ser ótima, Em uma apresentação, mas nada mata mais depressa do que erros gramaticais. Você pode ser o orador mais envolvente do mundo, mas erros ortográficos e de pontuação errada pode causar o seu público-alvo a perder foco e compromete sua credibilidade. Se você não confia em sua própria capacidade, peça a um colega rever a sua ortografia na apresentação.




  1. Pratique, pratique e prática: Quanto mais você praticar suas apresentações, melhores ficarão. Nada melhor que um palestrante muito bem preparado.




  1. Não fique nervoso: o Nervosismo dos apresentadores, o mesmo pode falar demasiadamente depressa ou esquecer algum ponto durante a apresentação. Para ajudar com a estimulação, conscientemente faça pequenas pausas entre as frases e slides perguntando à platéia ou contando algum caso verídico. Dois segundos podem parecer uma eternidade para você, mas permite que seu público tenha tempo para absorver o que você acabou de dizer.




  1. Gravar o seu desempenho: Um profissional falando em programas usam câmeras e vídeos. Faça isso para verificar como sua performance está melhorando e como está a sua presença no palco. Usando uma câmera de vídeo para captar o seu desempenho lhe permite identificar o seus hábitos, nervosismo e quebrar-los antes de deixar a platéia falando de quantas vezes você disse "Né", ”Hein”, etc..




  1. Alegre sua platéia: A melhor maneira de chegar à multidão e prender sua atenção é abrir a palestra com humor. Comece com uma piada inteligente ou um caso engraçado que esteja relacionado com o seu assunto.




  1. Mantenha um olho no relógio: Mantenha um olho no tempo, assim você saberá quando pode acelerar ou abrandar. Você também pode pedir que alguém na platéia para dar-lhe sinais com plaquetas ou sinais, se necessário. Se a sua apresentação terminar antes do tempo atribuído, aberta espaço para perguntas.




  1. Fale com expressões faciais: Faça um esforço para falar a toda a audiência, o que significa olhar ao redor da sala e que cada participante senta-se como se você está falando diretamente pra ele. Se você fizer contato visual, transmitirá a sua capacidade de envolver toda a platéia.




  1. Não se esqueça de sorrir: Utilize forte entonação em sua voz e mantenha um sorriso em seu rosto. Sua audiência será espelho do seu comportamento. Palestrantes muito sérios tendem a fazer a platéia dormir.



Se você está falando para uma platéia de seis ou seiscentas pessoas, essas dicas devem ajudá-lo a tornar-se um apresentador profissional. Lembre-se que o número é uma chave para o sucesso e você deve estar muito bem preparado.



Outra ótima maneira de aprender novas técnicas é a crítica para o desempenho de outros apresentadores. Assista apresentações na televisão ou palestras sobre o mesmo assunto que o seu. Observe como os oradores envolvem a platéia e veja os truques para que você possa incorporar ao seu próprio esquema.



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

•PhD em Administração de Empresas pela Flórida Christian University (EUA)
•PhD em Psicologia Clínica pela Flórida Christian University (EUA)
•Psicanalista e Diretora de Assessoria Geral da Sociedade de Psicanálise Transcendental.
•Mestre em Administração de Empresas, Especialista em Estratégias de Marketing em Turismo e Hotelaria, MBA em Gestão de Pessoas e Especialista em Informática Gerencial.
•Psicanalista voluntária na Casa de Apoio à Criança Carente com Câncer e na Universidade da Terceira Idade.
•Professora da FGV do Rio de Janeiro e de mais 03 universidades.
•Empresária no ramo moveleiro
•Responsável e Membro do Conselho Editorial da Revista Empresa Familiar.
•Coordenadora do grupo de Excelência de Empresa Familiar do Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRA.
•Diretora da DS Consultoria S/S Ltda, especializada em Empresas Familiares.
•Conciliadora, Mediadora e Árbitra Empresarial.
•Membro do Conselho Editorial e responsável pela Revista Empresa Familiar.
•Autora do livro O Perfil do Empreendedor e co-autora do livro Empresa Familiar: Conflitos e Soluções, juntamente com Domingos Ricca, Roberto Gonzalez e José Bernardo Enéas Oliveira.
•Vários artigos publicados na área de Administração e Psicanálise em revistas especializadas.
e-mail: sandra@empresafamiliar.com.br

INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

Inclusão e conscientização digital

Inclusão e conscientização digital

Por: Armando Terribili Filho

A palavra “digital” se transformou, com o uso extensivo do computador no cotidiano da vida moderna, em um adjetivo popular para qualificar substantivos: “certificação digital”, “segurança digital”, “crime digital”, “inclusão digital”, entre outros. O que se pode perceber é que o mundo digital deixou de ser exclusivamente virtual e passou a ser integrante de nossa realidade.

A “inclusão digital” tem por objetivo promover acesso às tecnologias àqueles que não têm esta possibilidade, para que possam exercer a cidadania e se integrar à sociedade, participar da vida cultural e competir no mercado de trabalho. É indiscutível o abismo existente entre o mundo dos incluídos e dos excluídos digitais. No entanto, há uma série de preocupações que nós, pais e professores, devemos ter com os jovens que integram o grupo dos incluídos. São adolescentes que fizeram do computador os nossos carrinhos e bonecas de antigamente, mas que não receberam formação adequada para utilização dos recursos tecnológicos. Não discutimos aqui a formação técnica, pois esta habilidade eles conseguiram desenvolver de forma muito natural e rápida; discutimos sim, os aspectos morais e éticos envolvidos com o uso das novas tecnologias.

Lançamos algumas questões para reflexão. Quantos adolescentes fornecem senhas particulares a amigos sem critério? Quantos são informados dos riscos de se abrir uma correspondência eletrônica de origem desconhecida? Quantos sabem que a lei do direito autoral protege os proprietários dos softwares e que a pirataria é crime? Quantos recebem piadas preconceituosas através de seus e-mails e as repassam? Quantos são informados que um repasse de fotos pornográficas pode ser alvo de acusação de assédio sexual? Quantos sabem que o adultério - crime previsto no Código Penal Brasileiro e que estava em desuso - voltou a ser rediscutido por juristas sob o enfoque do adultério virtual? Quantos de nossos jovens têm consciência que é responsável civil e criminalmente por seus atos na rede?

A maioria dos adolescentes crê que os atos digitais são anônimos. Engano! Todo computador possui um endereço na rede: o IP (Internet Protocol). Desta forma, tudo o que for feito sob um IP pode ser rastreado, identificado, divulgado e usado como prova em tribunais. No caso das Lan Houses, Cyber Cafés e Cyber Offices, foi aprovada uma lei estadual em 2006 que as obriga a criar e manter cadastro dos usuários por 60 meses. A privacidade é assegurada, mas as informações obtidas pelo rastreamento das ações da pessoa na rede podem ser divulgadas mediante ordem judicial.

Medidas de segurança devem ser divulgadas e incorporadas em nosso dia-a-dia. No âmbito pessoal, o cuidado com o uso de senha é essencial, pois trata-se de uma identidade confidencial e intransferível. No ambiente corporativo, instruções sobre o uso inadequado de e-mails e de software pirata devem ser divulgadas, já que podem resultar em demissão e/ou em outras punições, além de ocasionar problemas à imagem da empresa e à integridade de seus dados, além de poder deixá-la à mercê de graves conseqüências legais pelo uso de softwares não-licenciados.

Portanto, além do termo Inclusão Digital – e dos outros citados no início deste artigo -, devemos discutir a Ética Digital. Se pensarmos em inclusão sem conscientização, criaremos um outro abismo, diferente daquele entre incluídos e excluídos: um abismo entre éticos e não-éticos. Ética Digital deveria ser disciplina obrigatória no ensino fundamental, médio e superior, pois uma sociedade moderna, desenvolvida e justa deve ter como alicerce a Ética.

Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Armando Terribili Filho, PMP. Doutor em educação pela UNESP e mestre em Administração de Empresas pela FECAP. Diretor de projetos da Unisys Brasil em São Paulo, professor da Faculdade de Administração e da pós-graduação da FAAP em cursos de Gestão de Projetos. Atua também na pós-graduação da UNINOVE em curso de formação de professores para o ensino superior. Detém a certificação PMP do PMI (Project Management Institute).

REFORMA ORTOGRÁFICA

Reforma Ortográfica

Reforma Ortográfica

Por: Vívian Cristina Rio

REFORMA ORTOGRÁFICA

"Ortografia é convenção. As pessoas assimilarão as mudanças. Crianças não terão dificuldade, [elas] aprenderão assim"

MAURO VILLAR

lexicógrafo (autor de dicionário)

"Vai ser uma confusão. Ortografia não se aprende por regra. As pessoas vão ter forçosamente que ler a respeito"

SÉRGIO NOGUEIRA

professor de português e consultor de língua portuguesa no Rio de Janeiro

A partir de 1º de janeiro de 2009, entra em vigor a tão discutida reforma ortográfica, elaborada em 1990 e finalmente aprovada neste ano. O objetivo do acordo é unificar o português escrito (e não o falado), língua oficial de Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

Mas a língua portuguesa pouco mudará com a chegada do novo ano. Estima-se que, em Portugal, as mudanças resultam em 1,5% de alteração no vocabulário, contra 0,5% no Brasil. Talvez a maior mudança ocorra na informática, já que os verificadores ortográficos dos editores de texto terão que ser modificados. A Microsoft, claro, já tratou de providenciar a atualização do corretor do pacote Office gratuitamente para todos os usuários.

É importante, no entanto, não deixar a tarefa de atualização do português para a Microsoft, afinal, hoje em dia, na área empresarial, fala-se tanto em aprimoramento, reciclagem de conhecimentos. Esse é um bom momento para um upgrade na língua.

Elaboramos um guia com as principais mudanças do Acordo Ortográfico, para que você possa consultá-lo. (Caso deseje receber nosso manual, entre em contato conosco pelo site)

ALFABETO: de 23, passa a ter 26 letras, com a reintrodução das letras k, w e y - embora elas sempre tenham sido usadas, em unidades de medidas, por exemplo.

ACENTUAÇÃO

TREMA: não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui

Em vez de Escreva

agüentar aguentar

bilíngüe bilíngue

freqüência frequência

tranqüilo tranquilo

pingüim pinguim

* Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas (Müller, mülleriano).

ACENTO AGUDO

1. Não se acentuam ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Em vez de Escreva

apóia (verbo ‘apoiar') apoia

jóia joia

idéia ideia

assembléia assembleia

* Atenção: continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis, como papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos

quando escritos depois de um ditongo.

Em vez de Escreva

cheiínho cheiinho

baiúca baiuca

Bocaiúva Bocaiuva

feiúra feiura

* Atenção: o acento permanece em palavras oxítonas em que o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), como em tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

ACENTO CIRCUNFLEXO

1. Não se acentuam palavras terminadas em êem e ôo(s).

Em vez de Escreva

abençôo abençoo

crêem creem

lêem leem

vêem veem

vôo voo

zôo zoo

ACENTO DIFERENCIAL

1. Não se usa mais o acento que diferencial dos pares pára/para, péla(s)/

pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

* Atenção: Permanece o acento diferencial em:

- Pôde (passado do verbo "poder") / pode (presente do verbo "poder").

- Pôr (verbo) / por (preposição).

- Diferenciação de singular e plural dos verbos ter e vir e de seus derivados

(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Ele tem dois cargos. / Eles têm dois cargos.

Ele vem de Campinas. / Eles vêm de Campinas.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

HÍFEN

Usa-se hífen quando

1. O segundo elemento começar com h

Escreva

anti-higiênico

co-herdeiro

mini-hotel

sobre-humano

super-homem

Obs.: Na palavra ‘subumano' o h desaparece

2. O primeiro elemento terminar com vogal ou consoante igual à letra que começar o segundo (exceto: cooperar, cooptar)

Em vez de Escreva

antiimperialista anti-imperialista

Arquiinimigo arqui-inimigo

contraataque contra-ataque

microondas micro-ondas

micrnibus micro-ônibus

Obs.: Esta é a regra já usada para usar o hífen em palavras como: sub-bibliotecário, inter-regional.

Não se usa hífen quando

1. O primeiro elemento terminar com letra diferente da que começar o segundo.

Em vez de Escreva

auto-ajuda autoajuda

auto-escola autoescola

auto-estima autoestima

auto-estrada autoestrada

infra-estrutura infraestrutura

2. O primeiro elemento terminar com vogal e o segundo começar com consoante, exceto o h (anti-herói).

Escreva

anteprojeto

infravermelho

vasodilatador

Obs.: quando a segunda palavra começar com r ou s, essas letras devem ser dobradas.

Em vez de Escreva

anti-rugas antirrugas

auto-retrato autorretrato

supra-sumo suprassumo

ultra-sonografia ultrassonografia

3. O primeiro elemento terminar com consoante e o segundo começar com vogal (exceção, como mal-estar)

Escreva

hiperacidez

interescolar

interestadual

superinteressante

Obs.: O hífen permanece quando o prefixo terminar em r (hiper, inter, super) e o segundo elemento também começar com r. Exs.: hiper-requintado, inter-relacionado, super-resistente.

4. Em certas palavras compostas que perderam a noção de composição:

Escreva

girassol

mandachuva

paraquedas

paraquedista

* Atenção: na maioria dos substantivos e adjetivos compostos, mantém-se o hífen. Exs.: ano-luz, arco-íris, bem-te-vi, conta-gotas, couve-flor, guarda-roupa, luso-brasileiro, para-raio, para-lama, guarda-chuva.

Outros casos de palavras compostas

1. Usa-se hífen nas palavras compostas com os advérbios bem e mal, como em: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-estar, mal-humorado.

Mas lembre-se de que os antônimos das palavras malvisto, malcriado e malnascido são escritos com hífen: bem-visto, bem-criado e bem-nascido.

* Exceções: bendizer, benfeito, benquerer.

2. Não se emprega hífen em locuções como: cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cor de vinho, ele próprio, à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que etc.

* São exceções as locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa.

Mais prefixos e o uso do hífen

Usa-se hífen com:

1. O prefixo sub diante de palavra iniciada por b, h e r: sub-base, sub-hepático, sub-região. Atente-se para exceções como: subumano, subumanidade (h aglutinado).

2. Os prefixos circum e pan diante de palavra iniciada por m, n e vogal.

Exs.: circum-navegação, pan-americano.

3. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.

Exs.: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu, vice-rei.

4. Com os prefixos ab e ad diante de palavra iniciada por b ou r.

Exs.: ab-rogar, ad-renal.

Não se usa hífen com:

1. O prefixo co, que se aglutina em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o:

Exs.: coautor, coerdeiro (h aglutinado), coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante.

Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Vívian Cristina Rio, Linguista graduada pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Doutoranda pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Foi professora de Redação e Gramática em cursinho pré-vestibular e corretora de Redação do Vestibular da UNICAMP. Participou de vários congressos – dois internacionais – e publica artigos em livros e revistas especializadas em Lingüística. Colaboradora da Revista Língua Portuguesa, Editora Segmento. Instrutora de Comunicação Oral e Escrita, ministrou treinamentos em diversas empresas, como Banco Itaú, DaimlerChrysler, GE, International Paper do Brasil, Natura Cosméticos, Novartis, Ripasa, Sadia, Tintas Coral, Villares Metals, entre outras.

Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil

Vinte Dicas Para Quem Pretende Trabalhar Ou Trabalha Com Educação Infantil

Por: Angela Adriana de Almeida Lima

Sendo a Educação Infantil a fase inicial da vida escolar da criança, necessário se torna que os profissionais envolvidos neste processo - especialmente educadores - apresentem aspectos condizentes à realidade em questão. Certas características devem ser observadas ao se contratar este profissional e eticamente falando - ao assumir a responsabilidade de se trabalhar com crianças. Foram elencadas abaixo vinte dicas e características que um profissional deve ter para realizar um trabalho prazeroso e significativo com crianças pequenas,


1- GOSTAR DE CRIANÇAS, é imprescindível que o profissional goste de crianças , afinal nesta fase elas exigem paciência e amor a todo momento. Pressupõe-se que quem gosta de crianças, goste também de trabalhar com elas. O trabalho com pequenos requer disposição, carinho, responsabilidade e uma energia imensa proviniente somente de quem gosta do que faz.


2- AGILIDADE é uma característica de peso considerável, pois a criança corre, pula, caí, levanta, descarrega energia e se envolve em situações repentinas de risco, onde a agilidade do profissional pode evitar acidentes graves com os pequenos.


3- BOM PREPARO FÍSICO, nesta fase a maioria das brincadeiras são realizadas no chão, em rodas de conversa ou em círculos programados para as atividades, para tanto o profissional necessita de boa disposição física para sentar, levantar, pular, engatinhar, enfim participar de todas as atividades que propõe à criança. Além do que, os pequenos adoram presenciar adultos executando as mesmas atividades que eles.


4- SER ÉTICO, assuntos relacionados à instituição e suas famílias devem ser preservados. Nesta fase é comum crianças comentarem intimidades das famílias - estes casos ajudam os profissionais a conhecerem a realidade de vida da criança - e também alguém da família procurar apoio , confiando seus problemas a pessoas que trabalham na Instituição. Todavia, estes fatos somente poderão ser comentados em casos extremos- a pessoas especializadas ( Pedagogos, Psicopedagogos, Psicólogos e Assistentes Sociais) e com a aprovação da Equipe dirigente da Instituição. Tratar aos colegas com respeito e cordialidade, evitando brincadeiras desnecessárias e abusivas, afinal a criança observa o professor e o imita a todo momento.


5- SABER OUVIR OS RELATOS INFANTIS, nestes momentos o profissional poderá detectar possíveis problemas de várias naturezas, pelos quais a criança poderá estar passando - ou até mesmo sobre sua personalidade.


6- SER FIRME E AMÁVEL AO MESMO TEMPO, a criança testa o adulto a todo instante e quando percebe que está vencendo, se torna indiscilplinada e resistente às regras de convivência. Porém, a amabilidade deve ser cultivada, assim a criança se sentirá segura, afinal está em um ambiente onde todos são estranhos a ela. Então, caberá ao educador conciliar ambos aspectos, ponderando suas atitudes e conscientizando a criança sobre seus deveres, sempre que necessário.


7- RECEBER BEM OS PEQUENOS E SEUS FAMILIARES, os pais precisam se sentir seguros em relação ao local e às pessoas em que estão confiando seus filhos. Portanto, o profissional deve recebê-los sempre com cordialidade, esclarecendo suas dúvidas, tranquilizando-os em seus anseios, se disponibilzando a atendê-los quando necessitarem e utilizando estratégias que motivem a criança a gostar de ir para a instituição.


8- SER CRIATIVO, o planejamento pedagógico deverá nortear o trabalho do educador, todavia, poderá ser alterado sempre que a atividade proposta não estiver despertando o interesse da turma, para isso o profissional deverá ser criativo e tornar a atividade em questão mais prazerosa ou até mesmo lançar mão de outra atividade. Elaborar um plano de aula focado em situações cotidianas das crianças ou da Instituição, encontrando ou criando músicas, histórias, jogos, atividades e brincadeiras que enfatizem o tema do planejamento é uma ótima estratégia para um trabalho diversificado.


9- QUERER APRENDER, a todo momento surgem fatos inesperados quando o assunto é criança, e nem sempre o profissinal está preparado para resolver tudo o que acontecer, portanto, deverá ter humildade para pedir ajuda e querer aprender com os mais experientes.


10- UTILIZAR ROUPAS ADEQUADAS, caso a instituição não adote uniforme, o ideal é camiseta e calça de malha ou jeans - mais largo - para não prejudicar o desempenho das atividades, e tênis ou sandálias rasteirinhas. Roupas decotadas, saias, sandálias de salto, roupas apertadas, transparentes, miniblusas ou tomara que caia devem ser evitados, pois além de inibir o trabalho do profissional, desperta a tenção de pais, colabores, profissionais e demais pessoas envolvidas no processo.


11- NÃO DEIXAR AS CRIANÇAS SOZINHAS, ter consciência de que as crianças não podem ficar sozinhas em nenhum momento, caso tenha necessidade de se ausentar do espaço onde se encontra com a turma, peça a uma criança que chame outro profissional para assumir seu lugar temporariamente. Um segundo sozinhas, os pequenos cometem atitudes inesperadas.


12- JAMAIS DÊ AS COSTAS ÀS CRIANÇAS, ao falar com alguém na porta da sala - ou em qualquer outro espaço - jamais dê as costas às crianças, em fração de segundos acontecem muitos problemas sem que o educador esteja vendo.


13- TRABALHAR SEU TOM DE VOZ, não falar em tom áspero, irônico e volume alto - assim a criança só compreenderá suas solicitações quando as mesmas forem feitas com gritos. O ideal é manter um tom baixo e calmo, todavia caso haja necessidade de uma alteração, que não haja grito e sua mudança na tonalidade da voz..


14- GOSTAR DE MÚSICA, nesta fase a musicalização é muito utilizada. O profissional deverá gostar, conhecer e querer aprender mais e mais músicas, de preferência acompanhadas de gestos que ajudam muito no desenvolvimento infantil.


15- SABER CONTAR HISTÓRIAS, sim pois contar histórias não é ler o livro - é contar com emoção, despertando a curisidade e a imaginação da criança.


16- CONHECER AS ÁREAS DO CONHECIMENTO A SEREM TRABALHADAS: Racíocinio lógico matemático, Linguagem oral e escrita, Psicomotricidade, Áreas Perceptivas, Conhecimento Social, Áreas de expressão artística e cultural, Valores Humanos,Religiosidade, Consciência Ecológica e Conhecimento físico - elaborando seu plano de aula enfatizando todas as áreas.


17- LER E EXECUTAR A PROPOSTA PEDAGÓGICA E O REGIMENTO DA INSTITUÇÃO, assim o trabalho do profissional terá embasamento teórico e sustentabilidade pedagógica.


18- SABER ELABORAR PROJETOS DE AÇÃO PEDAGÓGICA envolvendo temas atuais, o trabalho com projetos facilita o trabalho do educador, porém, estes projetos devem ser executados com criatividade envolvendo temas de interesse das crianças e ao mesmo tempo objetivando uma conscientização sobre o tema proposto. Os projetos devem ser constantemente avaliados, caso contrário, não terão significado ao processo educacional.


19- DECORAR E REDECORAR O AMBIENTE SEMPRE QUE NECESSÁRIO, os olhos da criança se cansam com facilidade de determinadas decorações, para evitar esta situação, o ideal é utilizar cores claras, tons pastéis e desenhos acompanhados de paisagens, passarinhos, vales, árvores e flores, pois acalmam os pequenos.


20- RESERVAR UM ESPAÇO NA SALA PARA EXPOSIÇÃO DAS PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS e convidar os demais profissionais da Instituição, bem como os familiares dos pequenos, para visitarem a exposição de trabalhos delas. Pode-se colocar um nome na exposição e um pseudônimo para o autor da obra. Expor trabalhos nos corredores de entrada da Instituição - de forma criativa, sempre identificados e relatando os objetivos- também apresenta bons resultados.


É importante ressaltar que não há receita pronta para se trabalhar em nenhum nível educacional, mas a troca de experiências tem garantido excelentes resultados aos profissionais. Entretanto, a chave do sucesso de qualquer trabalho consiste em gostar do que faz. Quando se faz o que se gosta, as barreiras se tornam transponíveis e as amarras mais frouxas.




Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Formada em Magistério Graduada em Pedagogia com Supervisão Escolar; Especialista nas áreas de Psicopedagogia Institucional; Docência Universitária e Inspeção Escolar.Trabalho como professora de Ensino Fundamental nas redes Estadual e Municipal,ministro minicursos e palestras com os temas Respeitando e Convivendo Com as Diferenças e Bullying em diversos contextos sociais. www.angelaadriana.com.br

Sugestão Aos Professores Alfabetizadores

Sugestão Aos Professores Alfabetizadores

Por: Neuza Razza

Ninguém mais tem a ilusão que a cada ano em que entramos na sala de aula, não será um ano qualquer ele vai ser especial. Nós sabemos que ele será de muito trabalho. Ele exigirá de cada um muita garra, perseverança, combatividade e acima de tudo, muito profissionalismo.



No primeiro momento, antes de se fazer o planejamento, é necessário conhecer os alunos, como estão, o que produzem, a que nível estão.



Depois de analisar todo o contexto que se apresenta, ai você vai poder traçar qual o seu objetivo a alcançar nessa classe. Então, poderá fazer o seu planejamento de acordo com o seu projeto, e não utilizar o mesmo planejamento de anos anteriores e sim o de acordo com o nível da classe.



Todo professor deverá de bimestre em bimestre verificar, o processo de ensino aprendizagem de seus alunos e se preciso for, refazer o seu planejamento adequado ao andamento da classe. Verificar onde houve a falha e retomar para que todos caminhem juntos.



Alfabetizar é muito mais que manejar a correspondência entre sons e letras escritas. A escrita tem ocupado um lugar muito estreito na prática escolar. Ensina-se a criança a desenhar letras e construir palavras com elas, mas não se ensina a ler o que está escrito.



Um novo material didático não mudará o eixo da alfabetização se continuarmos acreditando que a criança deve aprender a técnica de associar formas gráficas às sonoras.



O processo de aprendizagem precisa ser construído e está baseado em (3) três pontos centrais:- ouvir, entender e escrever. Se não houver interesse em ouvir o que se está lendo, ensinando alguma coisa, ou mesmo escrevendo, não há aprendizagem, porque se não prestar atenção, não vai entender do que se está falando e não vai conseguir escrever, como também não vai haver o registro pela memória.



É importante promover a aquisição e o domínio da leitura e da escrita levando em conta a criança no seu processo de construção do conhecimento.



A leitura é muito importante e a fazemos com pequenos textos, contos, histórias em quadrinhos, poesias, histórias de todos os tipos, para que comecem a notar as diferenças entre eles, e trabalhar formas de brincadeiras lúdicas, dramatização envolvendo as leituras feitas. Mas o principal, não haver cobranças e ensinar as crianças, mantendo uma seqüência para que elas vençam as dificuldades, e passo a passo escrevendo sem medo de errar.



A criança tem que sentir que nos a amamos e está sendo apoiada nos estímulos que lhe oferecemos.



Autora: Profa. Neuza Razza – Pedagoga – professora do ensino fundamental e médio, e-mail: nrazza@ig.com.br e neuza.razza@ig.com.br

Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Pedagoga, escritora – professora do ensino fundamental e médio.

Altas Habilidades - Igualdade De Oportunidade

Altas Habilidades - Igualdade De Oportunidade

Por: Agpp

ALTAS HABILIDADES

IGUALDADE DE OPORTUNIDADE

Gema Parenti Araújo

Pedagoga pesquisadora

Resumo: O objetivo deste artigo é conhecer os princípios normativos do projeto Altas Habilidades, suas finalidades e critérios de seleção; refletir sobre a exclusão que pode ocorrer com os alunos que não são selecionados para as Altas Habilidades e as ações realizadas na escola para o atendimento à diversidade; reconhecer quais são os sentimentos e pensamentos dos alunos a esse respeito e averiguar o motivo da implantação do Projeto de Altas Habilidades.

Palavras-chave: Habilidades, escola, diversidade, inclusão, realidade, Exclusão.

Essa pesquisa, de caráter participante, foi desenvolvida em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental. Teve como tema Igualdade de Oportunidade. O objetivo conhecer os princípios normativos do projeto Altas Habilidades, suas finalidades e critérios de seleção; refletir sobre a exclusão que pode ocorrer com os alunos que não são selecionados para as Altas Habilidades e as ações realizadas na escola para o atendimento à diversidade; reconhecer quais são os sentimentos e pensamentos dos alunos que se sentem cobrados pelos colegas por participarem do Projeto das Altas habilidades; analisar a organização da Sala de Altas Habilidades em relação à proposta pedagógica da escola e averiguar o motivo da implantação do Projeto de Altas Habilidades.

A escola em questão é uma das dezesseis escolas estaduais que possuem uma sala especialmente equipada destinada ao projeto intitulado Projeto Educacional para Pessoas Portadoras de Altas Habilidades/Superdotação, em Porto Alegre, que tem como objetivo geral "implantar o atendimento educacional para alunos com altas habilidades/superdotados em escolas públicas estaduais do Rio Grande do Sul" (www.faders.rs.gov.br).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 3% a 5% da população brasileira é portadora de altas habilidades. O projeto aponta que em Porto Alegre 7,78% dos alunos em 384 escolas públicas e privadas apresentam indicadores desta modalidade.

O Projeto Educacional para Pessoas Portadoras de Altas Habilidades/Superdotação é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Educação e propõe-se a "oferecer um atendimento especial a essas pessoas que possuem habilidades acima da média." Segundo o projeto esta modalidade "é um anseio antigo da sociedade", que desde 1989 pensa em fazer a implantação deste projeto. Mas foi pelo "Decreto 39678, de 23 de Agosto de 1999, onde o Governo do Estado do Rio Grande do Sul institui a Política Estadual de Atendimento à Pessoa Portadora de Deficiência e à Pessoa Portadora de Altas Habilidades." Para que este plano pudesse entrar em funcionamento, implicou na realização em 2002 de um curso de capacitação para professores, em educação especial na área de Altas Habilidades, financiado pela Secretaria de Educação.

Na escola em estudo, são atendidos somente 16 alunos sendo que na EJA não há nenhum aluno participando do projeto. As atividades são desenvolvidas por um profissional com a já referida capacitação específica em Altas Habilidades. Os alunos que freqüentam esta sala o fazem em turno inverso, duas vezes por semana, ressaltando que são atendidos de dois em dois com duração de 1 hora e 30 minutos por aula.

Segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001), o conceito de altas habilidades/superdotação é adotado por alguns programas brasileiros para destacar crianças consideradas superdotadas e talentosas. São destacadas as que apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em aspectos isolados ou combinados: "capacidade intelectual geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para as artes e capacidade psicomotora." (SEESP - Secretaria de Educação Especial, 2006).

Segundo Simonetti, da ABAHSD Associação Brasileira para Altas Habilidades, "superdotação é um conceito que serve para expressar alto nível de inteligência e indica desenvolvimento acelerado das funções cerebrais, o talento indica destrezas mais específicas." (2007, p.1)

Ao buscar suporte teórico no autor Gardner (1995), constata-se que a modalidade refere-se não especificamente a altas habilidades, mas à manifestação das várias inteligências de um indivíduo, enfatizando a capacidade de resolver problemas e de elaborar produtos. Ele organiza as inteligências em oito blocos: inteligência lingüística, que é um tipo de inteligência apresentada pelos poetas; inteligência lógico-matemática, que é a capacidade lógica em matemática e a capacidade científica; inteligência espacial, que é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial; inteligência musical; inteligência sinestésica, que é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o corpo inteiro ou partes; inteligência inter-pessoal, que é a capacidade de compreender outras pessoas; inteligência intra-pessoal, que é a capacidade de compreender a si mesmo; a inteligência naturalista diz respeito à desenvoltura de ver padrões complexos no ambiente natural; inteligência existencial ou espiritualista que se refere às coisas espirituais e existenciais. Com isso, entende-se que altas habilidades podem e devem ser consideradas uma modalidade ao alcance de todos os alunos, já que se encontram em pleno processo de desenvolvimento de suas atividades e aptos a desenvolverem suas potencialidades, uns demonstrando sua capacidade de uma maneira e outros de outra, porém todos evidenciam capacidades ou habilidades.

Ao desenvolver a pesquisa, considera-se que embora essa modalidade de atendimento possa ser vista como uma vantagem para os alunos selecionados, tal situação pode gerar desconforto e desigualdade entre os demais colegas em sala de aula, pois acredita-se que tratar com a diversidade significa oferecer possibilidades de crescimento a todos, minimizando e não incrementando a desigualdade e o acesso aos meios culturais.

A diversidade alude à circunstancia dos sujeitos de serem diferentes (algo que em uma sociedade tolerante, liberal e democrática é digno de respeito). Embora também faça alusão ao fato de a diferença (nem sempre neutra) transforme-se, na realidade, em desigualdade, na medida em as singularidades dos sujeitos ou dos grupos permitam que alcancem determinados objetivos nas escolas e fora delas de maneira desigual. A diferença não é somente uma manifestação de poder ou de chegar a ser, de ter possibilidades de ser e de participar dos meios sociais, econômicos e culturais. (ALCUDIA , 2002, p. 14)

A declaração da FADERS - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades/Superdotação no Rio Grande do Sul - deixou dúvidas com o descrito a seguir.

Fica evidente, então, que só a implantação de uma política direcionada às Altas Habilidades/Superdotação garante o desenvolvimento de ações sistemáticas e permanentes que asseguram a integração social, o acesso aos benefícios e aos direitos constitucionais, atingindo, dessa forma o exercício pleno da cidadania. (FADERS,2007, p 2).

Esta afirmação acima impressionou pelo fato de que ela foge a tudo o que foi construído ao longo do curso de pedagogia no que diz respeito à integração, pois sabemos que o melhor aprendizado se constrói com a participação de todos. Como pode haver integração social quando esta política está à disposição de uma pequena parcela dos indivíduos.

Parece que, na escola pesquisada, as opiniões ainda estão meio confusas a respeito do Projeto, devido à falta de conhecimento sobre o assunto, demonstrando que é um assunto em andamento e precisa ser aprofundado provavelmente por todas as escolas que desenvolvem esse Projeto. Essa falta de informação e de compreensão acaba promovendo constrangimento pela forma como é feita a seleção e pela maneira como é oferecido o atendimento aos ditos supostos superdotados. Esse conflito acaba induzindo a tentativa de "fabricar" alunos com altas habilidades, mascarando o desenvolvimento natural do indivíduo.

Susana Graciela Pérez, aponta em sua obra Mitos e Crenças sobre as Pessoas com Altas Habilidades:

O sentimento de amor/ódio em relação às PAHs vislumbrava-se no Renascimento, quando os "gênios" eram alvo dele e dos mitos que a sociedade criara para estas pessoas. Assim como quem apresenta uma deficiência é alvo de pena e comiseração, quem manifesta uma aparente vantagem é alvo de inveja e agressão. O primeiro é privado de manifestar suas potencialidades, em detrimento de sua desvantagem, enquanto que, ao segundo, é negada a existência de suas reais desvantagens. A PAH é encoberta por um manto de inverdades que ofusca sua visualização e, em conseqüência, seu atendimento, cuja necessidade, chega a ser inclusive questionada. (2003 p. 17)

Constata-se também que diversos autores (Gerson, 1996; Carracedo,1996, Extremiana, 2000; Tannenbaum, 2003 entre outros) apontam algumas de nossas divergências quanto à metodologia aplicada a essa modalidade, no que diz respeito às características, classificação, identificação, níveis ou graus de inteligência, desempenho, responsabilidades atribuídas a esses alunos. Becker (1996, p. 48) afirma que "sem o requisito do recurso interno na criança, nenhuma quantidade ou tipo de criação pode fazer diferença entre a mediocridade e a excelência".

Podemos averiguar que há muitas especulações a respeito deste contexto, geradas por diversos meios. Uma delas surge da e na própria família, que empolgada com a possibilidade de seu filho ser um superdotado, acredita que pode estimular a inteligência do mesmo buscando fórmulas em livros, a fim de transformá-lo em "gênio", transferindo-lhe responsabilidades desnecessárias. Assim como fala um dos pais sobre seu filho que freqüenta a sala de Altas Habilidades: "Meu filho, assim que entrou para essa sala faz tudo diferente, ele desenha bem melhor, eu acho que ele é importante agora". Entendemos que isso acaba sendo uma forma de rotular o sujeito e passar a esperar dele respostas exigentes. Refletindo melhor no que este pai diz, parece que somente depois que a criança passou a fazer parte do Projeto é que pode ser considerada importante. Afinal, é o projeto das altas habilidades que transfere ao sujeito prestígio ou ele por seu esforço e dedicação pode obter tal mérito?

Em muitos casos de seleção, é esquecido que a criança, independente do grau de desenvolvimento que apresenta, não passa de um ser em construção e que o processo de desenvolvimento deve ser respeitado ao longo do processo natural da existência humana. Partindo dessa lógica, discordamos da necessidade de elaborar atividades separadamente para alunos considerados mais hábeis do que os demais, pois acreditamos que o maior aprendizado está no convívio, está no partilhar saberes, na interação do grupo, ou seja, da turma toda.

O fato é que quanto mais vai se aprofundando na pesquisa mais percebe-se a exclusão que essa modalidade gera dentro da escola, pois acredito que a inclusão significa oferecer as mesmas oportunidades a todos, respeitando as diferenças.

Analisando os objetivos do projeto pedagógico da modalidade em questão, os quais são direcionados aos alunos destacados como "superdotados", pode-se notar que estes objetivos apresentam grande relevância para o desenvolvimento dos alunos de um modo geral, porém não são aproveitados como deveriam ser, visto que são oferecidos apenas aos considerados com Altas Habilidades.

- Propor atendimento suplementar para o aprofundamento e/ou enriquecimento curricular ao aluno com altas habilidades/superdotado;

- Flexibilizar e adaptar os currículos, as metodologias de ensino, os recursos didáticos e os processos de avaliação; tornando-os adequados ao aluno com altas habilidades/superdotados, em consonância com o projeto pedagógico da escola;

- Oferecer o apoio pedagógico especializado tanto na classe comum, quanto na sala de recursos.

Ao observar a sala de altas habilidades, em ocasião alguma percebe-se o apoio pedagógico que deveria ser oferecido aos alunos do qual fala o projeto, onde o profissional responsável fala que os ajuda nas disciplinas que têm dificuldade, "como se fosse um reforço", entretanto não foi visualizar isso dentro da sala de recursos durante a pesquisa. O que se espera então do auxílio na classe comum?

Olhando por outro ângulo, percebe-se que há uma preocupação em manter os aparelhos em bom funcionamento para que os alunos que freqüentam este local especial, possam desenvolver as "habilidades" com mais facilidade, mas, no entanto, há falta de reflexão sobre como se sentem os alunos que não participam deste ambiente, por não serem considerados portadores das "Altas Habilidades" . Entende-se com isso que a idéia de desenvolver este Projeto com toda a turma de que fazem parte os escolhidos, ainda passa despercebida.

Buscando suporte a esse respeito, constata-se que, segundo Kaplan (1974, 17), esta modalidade poderia ser adaptada ao currículo escolar de forma a abranger a todos dentro da sala de aula sem distinção, assim todos os alunos poderiam alcançar excelente grau de aprendizado. Considerando esse pressuposto, fica mais uma interrogação: não seriam os superdotados considerados mais "inteligentes" por serem privilegiados com uma abordagem favorecedora do enriquecimento de experiências mais avançadas? As altas habilidades não estaria ligadas à área afetiva dos alunos considerados superdotados? O "talento" desses alunos diferenciados encontra-se além do campo cognitivo?

Em entrevista com alunos de 5ª a 8ª séries, pode-se notar que eles não se sentem excluídos por não participarem do Projeto e que para eles isso não é o mais importante. Já os alunos dos anos iniciais se consideram inferiorizados por não estarem participando do Projeto. Eles acreditam que aquele aluno ou aluna que foi selecionado é mais inteligente ou não apresenta dificuldade em nenhuma outra área do conhecimento. Ao contrário, os alunos considerados com altas habilidades no desenho, por exemplo, têm um baixo rendimento em matemática. Um aluno da 3ª série relatou o seguinte quando perguntado como ele vê os colegas que participam do Projeto: "Eles são bons porque eles aprendem". Já uma aluna da 6ª série, quando questionada a respeito respondeu que sim, mas não foi selecionada, apenas dois colegas participam e nos falou: "Eu dou de dez a zero no meu colega que diz que tem altas habilidades".

Levando em consideração que alguns alunos possuem altas habilidades, os que não são escolhidos têm, conseqüentemente, baixas habilidades? Como uma criança, com 8 ou 9 anos, pode aceitar com naturalidade ser excluído por não ser habilidoso em uma específica área? Questionando um aluno da 6ª série sobre o assunto em questão, ele respondeu: "ter altas habilidades é saber fazer uma coisa bem direitinho. E se não sabe vai aprendendo." Assim sendo pode-se considerar que todos têm uma qualidade e poderiam participar do Projeto, pois diz que acredita que todos poderiam tem uma oportunidade de participar e freqüentar essa sala.

Um aluno que nunca entrou nesta sala, assim a descreveu, quando lhe foi perguntado: como tu imagina que esta sala é? "Ah! Eu imagino que a sala é cheia de coisas pra gente pode desenhá; ouvi dizer que tem uma TV bem grande e que eles até assistem filme às vezes." O fato é que causa impacto ao deparar com TV 29', computador completo (funcionando), tapete no meio da sala, som, câmera filmadora, aparelho de DVD, mesas grandes para serem ocupadas por apenas dois alunos por período, e todo o material disponível para que possam desenhar e colorir os trabalhos bem como escrever os textos ou poesias. Há também uma janela grande com vista para o pátio, deixando a sala bem iluminada e arejada. Esta sala se apresenta como sinônimo de algo mágico, fantástico, que para quem não conhece, este ambiente é ainda mais emblemático e extraordinário do que poderia parecer. Enquanto que as demais salas possuem apenas um suporte para TV (apenas o esqueleto), um ventilador precário, ambiente escuro por ter a maioria das lâmpadas queimadas, sem falar na falta de material básico.

Algumas definições podem ser mais lógicas e precisas ou mais utilizadas que outras para a escolha desses alunos, contudo a definição real não se desvia do controle de nosso legado cultural ou necessidade de sobrevivência. Existem diversos mitos que fundamentam visões deturpadas das pessoas superdotadas e, infelizmente, esses mitos são os que asseguram a discriminação. Mettrau (1997, p.13), confirma isso na citação a seguir.

Ora eles são aqueles eficientes demais e de que nada precisam; ora são os que criticam demais; ora são os que só ficam lendo ou estudando; ora são os que sempre sabem tudo; ora são aqueles que incomodam com sua curiosidade excessiva; ora são aqueles que sabem bem alguma coisa, mas não sabem outras coisas; ora são aqueles de comportamento esquisito ou que atrapalham na escola porque vão à frente, etc.

Gardner (1995) identificou as inteligências lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Segundo ele, apesar das inteligências serem até certo ponto, independentes, elas raramente funcionam separadamente. Um manobrista, por exemplo, necessita da inteligência espacial para saber o espaço que o veículo precisará ocupar, também utilizará a inteligência sinestésica ao estacionar o carro com destreza manual. Em sala de aula podemos constatar que os alunos têm muitas das inteligências das quais Gardner fala, contudo eles são considerados "esquisitos, eficientes, críticos ou com altas habilidades.

Sobre o processo de seleção, quase todos os alunos disseram concordar ou acham boa a maneira como é feita. Segundo os alunos, em algumas turmas, quem os escolhe para participar da sala de Altas Habilidades é a professora responsável pelo Projeto na escola. Em outras salas, quem seleciona os alunos especiais é a professora regente da turma. Há casos ainda, que quem escolhe são os próprios colegas onde é feita uma espécie de votação e os alunos com melhores desenhos são votados pelos colegas da turma, em outros casos, são apenas indicados. A única aluna que discordou do processo de seleção estuda na 7ª série. Em sua sala quem escolhe os alunos são os professores, afirmando que não concordam "porque nem sempre o que eu acho que é uma habilidade em um colega meu é o mesmo que o meu professor acha, então ele é escolhido e vai pra aquela sala especial. Cada um tem uma coisa que faz bem, por que só uns vão e outros não?"

Pode-se compreender a visão que essa aluna têm da diversidade! A reflexão que ela faz sobre inclusão e exclusão ao perguntar "por que só uns vão e outros não?" É preciso refletir sobre Altas Habilidades: privilégio de quem? Por quê? Como poderíamos abrir os olhos dos integrantes desta escola para que percebam que este projeto só poderia ser benéfico ao incluir todos os que desejassem participar dele? Isso certamente refletiria no pensamento e na visão que os pais e alunos têm da sala de Altas Habilidades.

Concordo com o dizer de Miguel Arroyo, quando nos esclarece em um pequeno trecho de seu livro Imagens Quebradas (2004), ao fazer referência a tais atitudes vividas no meio escolar:

Toda a mente humana tem as mesmas capacidades de aprender; a produção e apreensão do conhecimento, a formação da mente é um processo histórico, social, coletivo etc. Nesta visão histórica, processual encontramos o sentido da docência: acompanhar os complexos processos do aprender humano. Planejá-los, intervir, acompanhá-los com maestria e profissionalismo. (2004, p. 154)

Outro ponto importante a salientar é que segundo a pesquisa, pode-se averiguar que de acordo com as diretrizes da Secretaria Estadual de Educação, a identificação da criança com Altas Habilidades deveria ser feita o mais cedo possível, ainda na pré-escola. No entanto, ao entrevistar uma professora primeiro ano, a mesma afirma gostar do Projeto e possuir conhecimento dele, porém não tem nenhum aluno participando. Nota-se com isso que ao invés de ser introduzido desde pequeno ao desenvolvimento de suas aptidões, não há nem um aluno do primeiro ano participando desse projeto. Por tanto o privilégio não está à disposição dos menores como foi indicado pela Secretaria de Educação. Questiona-se: privilégio de quem?

Assim sendo, por que não assumir esse Projeto abrangendo todos os alunos da escola? Por que não reconhecer a Sala de Altas Habilidades como prosseguimento para estudos diferenciados, incluindo todos os alunos e permitir que desfrutem dessas experiências, como um processo legítimo e com direito ao espaço, até então, reservado apenas para alguns. Isso não seria igualdade de oportunidade?

Buscando suporte na obra Atenção À Diversidade, de Rosa Alcudia, (2002 p. 18) pode-se apurar que a autora faz alusão sobre as diferenças ao referir que todos somos diferentes uns dos outros do ponto de vista "biológico, psicológico, social e cultural. Cada um de nós constitui uma individualidade única ao lado de outras tão singulares quanto a nossa." Todas as pessoas têm direito à liberdade de expressão. A educação é um caminho para formar sujeitos cidadãos autônomos, assim todo o indivíduo possui os mesmos direitos; todo o indivíduo merece ser respeitado nas suas peculiaridades, e reconhecido na sua singularidade. Explorar os saberes e compartilhá-los engrandece o grupo e favorece a construção do conhecimento. Com isso fica a interrogação: qual o sentido de explorar habilidades em sala separada?

A autora destaca, ainda, a importância de observar o que cada indivíduo traz consigo do convívio familiar, respeitar as diferenças entre cada um e reconhecer as características que proporcionam distinção, tornando-os singulares e não considerar uns e outros com mais habilidades.

A educação em um sentido geral (compreendida a ação familiar, a do meio ambiente e a das instituições escolares), é um fator decisivo na determinação da individualidade e na causa de peculiaridades que nos assemelham a uns e que nos diferenciam de outros. A educação tem ideais e desempenha funções muitas vezes de caráter contraditório por pretender provocar a diferenciação individualizadora e, ao mesmo tempo, a socialização homogeneizadora que significa compartilhar traços de pensamento, de comportamento e de sentimento com os outros. (ALCUDIA, 2002, p 18)

Creio que inclusão como processo não se refere exclusivamente aos alunos portadores de Altas Habilidades, pois seguramente todos os alunos serão beneficiados com uma educação que considere a diversidade de cada um.

MORIN (2002, p. 74) apresenta um conjunto de características do trabalho que tem sentido. O autor destaca, por exemplo, que um trabalho que tem sentido é plenamente satisfatório, incluindo "a execução de tarefas que permite exercer talentos e competências, resolver problemas, fazer novas experiências, aprender e desenvolver habilidades".Lembra ainda que, paralelamente a algumas características, como aprendizagem e desenvolvimento de competências, realização, criatividade e autonomia, o importante também é que haja uma correspondência entre as exigências do trabalho e os interesses e aptidão do indivíduo, não perdendo de vista a importância que tem, para o aluno, o saber e o fazer.

O portal do MEC deixa claro que um aluno para ser considerado com Altas Habilidades/Superdotação não precisa ter os três elementos dos quais a professora fala e que o projeto também cita. Ao contrário do que ela diz, o MEC fala que "os três anéis não precisam estar presentes ao mesmo tempo e nem na mesma intensidade"; isso nos permite avaliar que a professora não está apropriada do Projeto, ou não tem conhecimento dele como deveria, ou então, não se apropriou desses conceitos porque não participou de sua elaboração, sendo apenas executora das idéias de outros.

Ao dialogar com a diretora da escola, ela falou sobre a diversidade: "Acredito que a gente aprende a lidar com ela todos os dias, a diversidade está aí e temos que estar lidando com ela. O projeto da escola é incluir todas as diferenças, mas não é bem assim, é uma tentativa, vamos construir juntos. Estou fazendo um curso de gestão e uma das disciplinas é inclusão, aí eu comecei a pensar em meus alunos especiais da educação especial que ficam lá no canto da escola. Eles estão incluídos, mas excluídos dentro da escola". Importante refletir sobre esta questão que a diretora levanta sobre inclusão/exclusão, como podem estar incluídos pela escola e excluídos dentro dela?

Refletindo sobre o resultado da pesquisa acredita-se haver vários modos de praticar a inclusão em uma escola. Para isso é preciso que o trabalho seja organizado e que a proposta abranja a todos os alunos de um modo geral no grande grupo. O que define a exclusão é como articulamos esses modos e como negamos um ou outro. Na educação inclusiva, sugere-se uma forma de articulação entre eles, diferente daquela que constatamos na modalidade Altas Habilidades.

Portanto, a intenção com esse trabalho é de contribuir para a construção de uma escola voltada para o atendimento à diversidade, levando em conta a necessidade de reconhecer a inclusão como prática pedagógica decisiva para a formação de sujeitos autônomos.

Considero que a modalidade Altas Habilidades é um fator positivo para a educação, porém o que não está de acordo é a forma como é administrada. Nota-se que apesar de ser vista como inclusiva, gera dupla exclusão; por um lado os alunos selecionados acabam sendo excluídos pelos colegas da sala de aula por serem rotulados de "sabidos"; por outro lado os não classificados sentem-se excluídos por acharem que são menos inteligentes que os escolhidos.

Observa-se que este é apenas um episódio gerador da exclusão no meio escolar, pois constata-se que o maior estranhamento é justamente não dar a atenção à diversidade existente na sala de aula, a qual poderia ser pensada a favor da inclusão.

Acredito que a exclusão sempre existiu, no entanto este tema nunca foi tão latente como nos dias de hoje no meio escolar. Percebe-se que a exclusão abrange vários sujeitos em diferentes ambientes, apresentando-se de varias formas, envolvendo diversos personagens da educação, porém os mais atingidos são sempre os alunos. Não obstante os professores perceberem que as diferenças devem ser aceitas como elemento para a construção do aprendizado, torna-se inevitável a exclusão, pois ela lança-se de formas sutis camuflando a inclusão. Tomo como exemplo nosso assunto de pesquisa, "Altas Habilidades", bem como a sala designada para este fim, que ao primeiro impacto, se mostra a "própria inclusão" como quando ao observar os alunos desenvolvendo atividades extra-classe; a comunidade apoiando; os pais orgulhosos de seus filhos gênios; tudo parece perfeito, deslumbrante. Entretanto diante de uma sala incrementada de recursos, freqüentada por apenas os considerados com nível acima da média; suas habilidades sendo desenvolvidas individualmente torna-se inevitável a aversão, pois isso não condiz com o que se vem construído e vivenciando sobre inclusão.

Esta reflexão me leva a compreender que muitas vezes a exclusão é gerada por cada um de nós sem que ela seja percebida ou desejada. Para que isso seja evitado se faz necessário ponderar nossos atos, seja diante dos alunos; seja diante dos colegas; ou em qualquer lugar em que estejamos. Penso que para a inclusão fazer sentido, tem que abranger a todos sem distinção respeitando e valorizando a demonstração de saber de cada individuo. Só assim o meio escolar poderá tornar-se um lugar de esperança; um lugar onde se desenvolvam sujeitos autônomos ; um lugar que reconheça a capacidade que todos têm de aprender. Como nos diz Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia (1999, p.18), quando afirma que todos os sujeitos têm a competência de construir o saber mesmo não sabendo como.

Sendo metódica a certeza da incerteza não nega a solidez da possibilidade cognitiva. A certeza fundamental: a de que posso saber. Sei que sei. Assim como, sei que não sei o que me faz saber: primeiro, que posso saber melhor o que já sei; segundo, que posso saber o que ainda não sei; terceiro que posso produzir conhecimento ainda não existente. (FREIRE 1999, p.18)

A realidade é que de nada adianta termos grandes idéias, abordarmos o que poderia ser feito para que a inclusão aconteça se não agirmos na pratica. É preciso que a ação saia do papel e seja exercitada; é preciso que cada um cumpra a sua parte desde já, para que se atinja a melhor formação humana em todos os sentidos. "[...] se o mundo é uma possibilidade e um direito, cabe a quem muda - exige o pensar certo - que assuma a mudança esperada. Do ponto de vista do pensar certo, não é possível mudar e fazer de conta que não mudou". (FREIRE, 1999, p.37)

REFERÊNCIAS

ALCUDIA, Rosa. Atenção À Diversidade.Porto Alegre: Artmed, 2002.

ARROYO, Miguel G. Imagens Quebradas: Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2004.

BECKER, M. A. A. Educação especial: estímulo ambiental e potencial para altas habilidades Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Instituto de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 1996.

EDUCAÇÃO ESPECIAL na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001). Revista da Educação Especial , 5ª ed .2006.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A cidadania negada. Políticas de exclusão na educação e no trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000.

GARCIA, Regina L. Desafios de uma escola que tenta incluir numa sociedade excludente. In: Anais do II seminário internacional Educação Inter-cultural, gênero e Movimentos Sociais. Florianópolis SC, 2003.

GARDNER, H. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

KAPLAN, H., SADOCK, B. J. Transtorno obsessivo-compulsivo. In: Porto Alegre: Artmed, 2003.

METTRAU, M. B. Representação Social da Inteligência e as Altas Habilidades In: Seminário Nacional da ABSD - Inteligência: Patrimônio Social, XI, Rio de Janeiro, 1997, Rio de Janeiro, UERJ, 1997.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro: São Paulo: Cortez, 2002.

PACHECO, José. Caminhos para a inclusão: Um guia para o aprimoramento da equipe escolar. Porto Alegre: Artemed, 2007.

PÉREZ, Susana Graciela. Mitos e Crenças sobre as Pessoas com Altas Habilidades. Porto Alegre, 2005.

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: Das intenções à ação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

Projeto das Altas Habilidades elaborado pela FADERS - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas Portadoras de Deficiência e de Altas Habilidades/Superdotação no Rio Grande do Sul. 2007

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Perfil do Autor:

Conclui curso de Licenciatura em Pedagogia - habilitações em orientação educacional e magistério das series iniciais do ensino fundamental.

A Prática Do Estágio Supervisionado

A Prática Do Estágio Supervisionado

Por: José Ribeiro da Silva Júnior

1 – INTRODUÇÃO



A teoria é uma ferramenta essencial na vida do indivíduo para a consolidação da prática. Assim, o Estágio Supervisionado adquiriu um papel substancial no processo de graduação, pois, o mesmo caracteriza-se como a prática em meio à aprendizagem na sistematização curricular (graduação).



2 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA



Um dos grandes desafios para o acadêmico de Pedagogia é o de adquirir a devida experiência para o processo de profissionalização educacional. Desse modo, o Estágio Supervisionado conquistou o papel de laboratório na “lapidação” do graduando, que busca uma maneira mais propicia de conciliar teoria e prática. Desmistificando, o antagonismo existente entre estas duas etapas do contexto de profissionalização educacional (teoria e prática).


Na visão de Pimenta (1997, p. 21) o Estágio Supervisionado são “as atividades que os alunos deverão realizar durante o seu curso de formação, junto ao futuro campo de trabalho”. Não tão distante de tal opinião, Piconez (2000, p. 16) afirma que “os estágios são vinculados ao componente curricular Prática de Ensino cujo objetivo é o preparo do licenciamento para o exercício do magistério em determinada área de ensino ou disciplina de 1º e 2º graus”.


Atualmente, de fato, temos testemunhado as difíceis condições sistemáticas nas quais os graduandos são submetidos. Ou seja, temos cada vez mais, visto professores despreparados em sala de aulas, e ao que tudo indica (mediante ao contexto), tais conseqüências tratam-se do reflexo da má formação acadêmica dos mesmos; o que de fato resulta na dicotômica e antagônica “poluição pedagógica”, que impulsiona a nossa Educação para meros “ares”, no conhecido contexto das contradições, assim como nos afirma Paulo Freire:



saber que devo respeito à autonomia, à dignidade e à identidade do educando e, na prática, procurar a coerência com este saber, me leva inapelavelmente à criação de algumas virtudes ou qualidades sem as quais aquele saber vira inautêntico, palavreado vazio e inoperante (2007, p. 62).



Nesse pressuposto, vemos que o Estágio Supervisionado não possui a valorização da qual requer o processo, pois tal treinamento deveria ser o local adequado para a aquisição de experiências (a prática), e de fato sabemos que este momento propicia tais conhecimentos para o graduando; porém, o que de fato ocorre é que as políticas públicas, assim como os responsáveis pela elaboração da sistemática grade curricular. Sendo assim, tem sido “clássico” o quesito de que o ensino é um, e a prática é absurdamente oposta ao que se conhece. Aparentemente contrário à questão, Menga Lüdke (1996. In: CANDAU, 1997, p. 118) evidencia que:



a importância de assinalar a formação inicial, simplesmente, como o nome diz, enquanto preparação apenas inicial. Ela não deveria ser sobrecarregada com uma carga que não lhe é compatível e para a qual não está aparelhada.



No entanto, Lüdke refere-se que a uma demasiada preocupação das IES (Instituições de Ensino Superior) em transporem conteúdos sistemáticos ao processo de formação acadêmica; enquanto tais graduandos encontraram um contexto de atuação profissional oposto ao que ele observou na condição de acadêmico. Em paralelo a tal temática, temos a confirmação de Azevedo (apud PICONEZ, idem, p. 17) que o processo experimental (Estágio) na realidade é “uma teoria colocada no começo dos cursos e uma prática colocada no final deles sob a forma de Estágio Supervisionado constituem a maior evidência da dicotomia existente entre teoria e prática”. Isto é, vemos na graduação temas (teorias) que não condizem com a realidade apresentada em sala de aula (prática). O que propicia o surgimento de profissionais despreparados e ineficientes quanto aos necessários meios de atuações contextuais (ações procedimentais). Em vista de que na realidade, seria mais propicio uma graduação paralela à realidade prática-profissional; que de fato, auxiliassem os acadêmicos (neste caso os de Pedagogia) na aquisição das oriundas experiências procedimentais; a exemplo do que ocorre em diferentes Cursos Superiores (Medicina, Advocacia, entre outros), que possuem acesso constante à realidade prática por meio de Hospitais Escolas e departamentos especializados.



3 – CONCLUSÃO



Contudo, destacamos que a prática do Estágio Supervisionado é essencial para a aquisição da prática profissional, porém não tem sido esta visão de seus idealizadores (Instituições) quanto a investimentos e reformulações nas confirmações de melhorias. Assim, vemos que é necessária a urgente reformulação sistemática de tal procedimento, para que venhamos ter uma Educação sustentável e distante das incertezas do cotidiano docente, capaz de atuar “cirurgicamente” nas falha do processo educacional; propiciando uma melhor forma de interpretar a realidade social, por meio de uma possível e notável influência da Educação, na consolidação do combate ao antagonismo provocado pela dicotomia existente entre teoria e prática. Desse modo, observamos esta etapa referente à graduação, com a certeza de que a Educação só poderá ser reformulada (a fim de atingir notáveis melhorias), quando o nível de atenção referente ao processo de Estágio Supervisionado, for considerado padrão a se investir e se seguir, evidentemente, sob os pressupostos do olhar crítico em reflexão ao contexto e os seus mecanismos constituintes.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



AZEVEDO, L. M. F. O Estágio Supervisionado: uma análise crítica. p. 24. apud PICONEZ, Stela C. Berhtolo. A prática de ensino e o Estágio Supervisionado. 5ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2000. p. 15 -74.



CRUZ, Carla & RIBEIRO, Uirá. Metodologia cientifica: teoria e prática. 2 ed. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2004.



FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 36ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2007. 148 p.



LUDKE, Menga. Formação inicial e construção da identidade profissional de professores de 1º Grau. In CANDAU, Vera Maria. Magistério: Construção Cotidiana. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. p. 110 – 125.



PICONEZ, Stela C. Berhtolo. A prática de ensino e o Estágio Supervisionado. 5ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2000. p. 15 -74.



PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação de professores: unidade teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1997. p. 21 – 80.


Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Acadêmico do Curso de Pedagogia da Faculdade de Imperatriz (FACIMP). Cristão Protestante (Judeu Messiânico) da Assembléia de Deus de Imperatriz (IEADI); tenho por ocupação o posto de Professor do Ensino Secular e Religioso (Escola Bíblica Dominical); tendo também por funções independentes, estudos com temas relacionados a: História, Geografia, Biologia e Teologia (Escatologia).

Aula Expositiva: Realidade e Reflexões

Aula Expositiva: Realidade e Reflexões

Por: Leda Arminda Machado Barros

AULA EXPOSITIVA: REALIDADE E REFLEXÕES

A dimensão dialógica da aula expositiva que adotamos com maior freqüência pela falta de recursos didáticos, principalmente nas escolas públicas, tem o propósito de transformar essa técnica de ensino em uma atividade geradora tanto da reelaboração de conhecimentos quanto de sua produção.

Considerando que a aula dialógica favorece a compreensão dos determinantes sociais da educação _ porque permite o questionamento; ao mesmo tempo em que proporciona a aquisição de conhecimentos, favorece sua análise crítica, resultando na produção de novos conhecimentos; elimina a relação autoritária; valoriza a experiência e conhecimentos prévios do aluno; estimula o pensamento crítico dos alunos por meio de questionamentos e problematizações _ adotando a aula expositiva, o professor estará praticando uma educação transformadora.

Contudo, o que se observa na prática é que o professor dá as respostas ou acata um única resposta. Estabelecer respostas não provoca curiosidade nem produção de conhecimento; apenas reprodução.

O professor bem formado incentiva a curiosidade do aluno e desenvolve nos mesmos uma atitude científica. Para esse professor não existem perguntas sem sentido ou fora de propósito. O professor que não quer bloquear a curiosidade de seus alunos, mas sim incentivar a produção do conhecimento, jamais desconsidera uma pergunta. Ao perceber uma pergunta mal formulada o papel dele é ajudar o aluno a refazê-la, pois essa atitude é “ensinar a fazer”.

A aula expositiva deve ser descartada se esta for adotada de forma mecânica e desvinculada da prática social, produzindo uma postura autoritária do professor e inibição da participação do aluno. Professores com atitudes como esta tornarão a aula autoritária, monótona e desinteressante, seja ela expositiva ou não; enquanto que professores com atitude crítica mostram-se capazes de levar seus alunos a reelaborar ou produzir conhecimentos.

A abordagem do conteúdo, seja qual for a técnica escolhida, tem o poder de estimular a atividade e a iniciativa do aluno; favorece o diálogo entre professor e aluno, e dos alunos entre si; e considera os interesses e experiências dos alunos sem desviar-se da sistematização lógica dos conteúdos previstos.

Não há como fugir da aula expositiva. Na nossa prática fazemos também uso da exposição oral aliada ao uso de materiais escritos, audiovisuais e lúdicos, para que o aluno possa realizar seus estudos de maneira prazerosa e eficaz. Assim, inserimos dinâmicas para chamar a atenção do aluno com atividades voltadas para o seu dia-a-dia relacionadas com o conteúdo. Adotamos, então, um misto de tendências que, com certeza, só enriquecem nosso trabalho.

Para se obter êxito quanto à abordagem do conteúdo, o professor deve propor aos alunos o desenvolvimento de alguma atividade, como seminários e debates, para eles colocarem em prática o conhecimento elaborado. Desse modo, o aluno usa sua criatividade e torna-se protagonista do conhecimento.

Todavia, algumas vezes, o professor se encontra desestimulado em propor este tipo de atividade quando lida com uma turma desinteressada e que não ouve ouve os comandos das atividades propostas.

Na verdade, o que está por trás desta postura do aluno é sua baixa auto-estima. Quando paramos para analisar a referida turma, percebemos que a maioria dos alunos são repetentes; ou são filhos de pais problemáticos ou separados; ou passam por grandes necessidades materiais em casa, entre outros problemas.

Isso tudo resulta numa grande falta de interesse no aluno. Ele pensa que não vai adiantar ler a atividade, pois não vai entender nada. Daí o porquê de alguns alunos olharem o comando no quadro e, sem terem lido, gritarem logo: Não entendi nada!

Ele desacredita em si mesmo. Acha-se incapaz de entender e realizar a atividade proposta. Percebe, então, que ficará excluído por não participar como os colegas que estão concentrados ao lado tendo toda a atenção da professora. Começa, então, a andar, conversar, chamar o colega do fundo, jogar bolinhas de papel, pedir para beber água ou ir ao banheiro. Chega até mesmo, quando a atividade é em grupo, a ficar sozinho, esperando que o professor o conduza.

Todas as posturas citadas acima são típicas de quem precisa chamar a atenção. Na sua linguagem corporal exclama: Ei professor! Estou aqui!

Nós, professores empenhados em “passar o conteúdo”, brigamos com aquele aluno, mandamos calar a boca, perdemos a paciência e o encaminhamos à direção, rotulamos aquele grupinho como o da bagunça; e não paramos para analisar o motivo do desinteresse.

Talvez o grande número de alunos em sala faz com que o professor não dê importância àqueles “desinteressados”. Volta-se com maior atenção aos que sempre participam e opinam: aos “bons” alunos. Verifica-se, assim, a exclusão dos demais.

Escrevendo este texto me pergunto: Bons alunos em quê? Sei que todos os alunos são bons em algum aspecto ou em vários aspectos.

Talvez a correria, a falta de tempo; a sobrecarga para preparar aulas, elaborar e corrigir atividades, faz com que deixemos de refletir. E por essa falha, aquele “grupinho da bagunça” segue o ano sendo cada vez mais taxado pelos professores nas reuniões ,nos corredores da escola como candidato à reprovação.

Desse modo, o professor que não tem problema com estes alunos passa a ter um olhar estigmatizante sobre eles. E então aqueles tornam-se de fato reprovados.

O aluno reprova ou foi reprovado?

Penso, reflito e volto a pensar. Formo opiniões e depois volto atrás. Não há um única resposta. Você tem a resposta?


O importante é, sobretudo, nos permitir a estar sempre questionando a nossa prática e trocando idéias para estarmos renovados. O homem se renova a cada instante de vida. Como lidamos com a formação dele, precisamos acompanhar o seu ritmo.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREYRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

LIBÂNEO, J.C. Organização e Gestão da Escola – teoria e prática. Editora do Autor, Goiânia, 2000.

RODRIGUES, Cleide Aparecida Carvalho. Teoria da Educação (Apostila da disciplina Conceitos Básicos da Educação do curso de pós-graduação a distância Metodologia do Ensino Fundamental da UFG). Acesso: março a abril de 2008.

Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Sou graduada em Letras pela UEG/Formosa e especializei-me em Gestão Educacional também na UEG/Formosa.

Atualmente estou cursando a distância, pela UFG, a pós-graduação lato sensu em Metodologia do Ensino Fundamental. Sou professora efetiva da Secretaria de Educação do DF, ministrando aulas de português e inglês.

Ao cursar a pós-graduação lato sensu em Gestão Educacional tomei gosto pela pesquisa. Tive, então, a oportunidade de relatar no trabalho final da minha especialização algumas das vivências registradas na Comunidade Kalunga do Vão de Almas, o que culminou na monografia: Leitura do Povo Kalunga do Vão de Almas: Memória, Educação e Cultura

Repensando a Educação

Repensando a Educação

Por: Leda Arminda Machado Barros

REPENSANDO A EDUCAÇÃO


Estudar a História da Educação nos faz refletir e instrumentalizar conhecimentos de mudanças sociais para que estes possam ser incorporados dentro da nossa realidade. É repensando a trajetória do ensino que poderemos reformular passos que podem direcionar a formação de cidadania.

Através do estudo dos períodos anteriores podemos ter uma visão mais global da educação: Percebemos, então, a serviço de quem a educação está e qual ideologia que a guia, para posteriormente fazermos as revisões, as críticas que nos ajudam a modificar a realidade educacional.

Uma das contribuições desse pensar é o entendimento de como o homem desenvolveu sua vida e organizou suas formas de socializar o conhecimento, pois a partir deste entendimento poderemos avançar na compreensão dos comportamentos que assumimos na orientação do nosso trabalho educativo, dando sentido às nossas ações e criando condições para assumir a nossa participação e autoria neste percurso.

Devemos sempre fazer um estudo crítico para sermos mais conscientes em relação ao futuro. É fundamental que conheçamos as práticas educativas ao longo da história para que tenhamos um posicionamento atuante. A reflexão fornece dados para entender o caminho percorrido pela sociedade e verificar outras possibilidades que poderiam ter sido adotadas. Além, é claro, de nos esclarecer sobre o presente e nos tornar mais conscientes na condução do futuro.

Conhecendo mais profundamente as raízes do nosso sistema poderemos, ao longo do nosso trabalho, formar cidadãos mais críticos, pois teremos base para mostrar aos nossos alunos a importância de sermos atuantes, não aceitando o que nos é imposto e lutando por melhores dias. É preciso ler as entrelinhas da educação para que possamos mudar o panorama educacional.

Nesta perspectiva, ser professor é ter capacidade de construir um mundo melhor através da formação que se processa neste ofício. E esta formação diz respeito à Cidadania. Construindo senso crítico em sala de aula, o professor está fazendo o aluno se perceber como ser atuante e capaz de interagir no seu contexto.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CAMPOS, Kátia de Oliveira. Aspectos Históricos da Educação no Brasil (Apostila da disciplina Aspectos Históricos da Educação no Brasil do curso de pós-graduação a distância em Metodologia do Ensino Fundamental da UFG). Acesso: agosto de 2008.



Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Sou graduada em Letras pela UEG/Formosa e especializei-me em Gestão Educacional também na UEG/Formosa.

Atualmente estou cursando a distância, pela UFG, a pós-graduação lato sensu em Metodologia do Ensino Fundamental. Sou professora efetiva da Secretaria de Educação do DF, ministrando aulas de português e inglês.

Ao cursar a pós-graduação lato sensu em Gestão Educacional tomei gosto pela pesquisa. Tive, então, a oportunidade de relatar no trabalho final da minha especialização algumas das vivências registradas na Comunidade Kalunga do Vão de Almas, o que culminou na monografia: Leitura do Povo Kalunga do Vão de Almas: Memória, Educação e Cultura

Avaliação e as Facetas do Ato de Educar

Avaliação e as Facetas do Ato de Educar

Por: Leda Arminda Machado Barros

AVALIAÇÃO E AS FACETAS DO ATO DE EDUCAR

O processo de avaliação abrange todas as facetas do ato de educar, entendendo-se por avaliação um processo mais amplo do que a simples aferição de conhecimentos constituídos pelos alunos em determinado momento de sua trajetória escolar. Deve ser considerado tanto o processo que o aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado.

A ação educativa pressupõe objetivos a serem atingidos. Como ensinar e aprender são processos intimamente relacionados, à medida que o professor propõe os objetivos de seu ensino, está também prevendo as competências e habilidades a serem alcançadas pelos alunos como resultado da aprendizagem.

Durante a realização das atividades de ensino e de aprendizagem, tanto professor quanto aluno devem dispor de informações precisas acerca das aprendizagens efetivadas ou ainda a serem desenvolvidas viabilizando o aperfeiçoamento do processo pedagógico, que requer uma avaliação voltada para a construção de resultados, em permanente sintonia com os objetivos de ensino, competência, habilidades, atitudes e valores requeridos e, por extensão, com os procedimentos didáticos utilizados.

Compreendida como um processo interativo, do qual deve participar toda a comunidade educativa (professores, alunos, pais, especialistas), a avaliação conduz à superação das concepções quantitativas e autoritárias do conhecimento, buscando a democratização do processo vivido, do produto alcançado e do julgamento de valor sobre o resultado pretendido e alcançado. Assim compreendida, a avaliação gera conseqüências positivas para a formação do autoconceito e do projeto de vida do aluno, contribuindo para o desenvolvimento das competências e das habilidades relativas ao aprender a ser.

Além disso, a avaliação da aprendizagem deve ter como um de seus propósitos subsidiar a prática dos professores, oferecendo diagnósticos significativos para a definição e a redefinição do trabalho escolar, podendo corrigir os rumos do processo educativo em curso.

Origem: Publique Artigos no site Artigonal.com

Perfil do Autor:

Sou graduada em Letras pela UEG/Formosa e especializei-me em Gestão Educacional também na UEG/Formosa.

Atualmente estou cursando a distância, pela UFG, a pós-graduação lato sensu em Metodologia do Ensino Fundamental. Sou professora efetiva da Secretaria de Educação do DF, ministrando aulas de português e inglês.

Ao cursar a pós-graduação lato sensu em Gestão Educacional tomei gosto pela pesquisa. Tive, então, a oportunidade de relatar no trabalho final da minha especialização algumas das vivências registradas na Comunidade Kalunga do Vão de Almas, o que culminou na monografia: Leitura do Povo Kalunga do Vão de Almas: Memória, Educação e Cultura

A Difícil (E Perigosa!) Missão De Ser Professor

A Difícil (E Perigosa!) Missão De Ser Professor

Por: André Luiz dos Santos

Atualmente, ser professor no Brasil é uma tarefa para poucos, é necessário mais que o dom de ensinar e o amor à profissão, que sob minha ótica, são requisitos fundamentais para exercer essa árdua, porém nobre profissão.


É necessário, também, uma dose de coragem, sim, coragem para encarar uma rede pública de ensino falida, com parcos recursos, baixa remuneração, condições precárias em muitas instalações, instituições localizadas em áreas de alto risco e até mesmo a violência, que já vitimou vários profissionais.


O professor é um formador de opinião, um mestre, tem em suas mãos uma grande responsabilidade, mas não é, e nem pode ser responsável pela educação de seus alunos...isso é papel da família, que muitas vezes, desestruturada, arruinada, em razão de vários fatores, acaba repassando essa atribuição à escola, fazendo com que o professor arque com esse ônus.


Ora, as Instituições de Ensino, sejam públicas ou privadas, já tem uma cota de responsabilidade na formação de um cidadão, colocar "nas costas" do professor essa responsabilidade que cabe aos pais,a família é tornar essa missão pesada e ingrata.


Cada professor vítima da violência de seus alunos, seja fatal ou não, é mais um vitimado pela sociedade corrompida, sem respeito a vida, sem moral, enfim, sem valores e que se impregnou e corrompeu a família, que é aonde tudo deveria começar, ou seja, uma família sem estrutura, refletirá as consequências no seio da sociedade, imagine várias famílias assim?


Cada jovem desestabilizado, pelas drogas, abusos ou violência cometidos contra ele, ou até mesmo por ser despreparado para a vida, se achando acima do bem e do mal, sem limites, é um perigo iminente e em potencial para os outros alunos e para os professores.


A educação tem que ser resgatada, não só através de um ensino de qualidade que é dever das Instituições, mas deve começar em casa.

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Perfil do Autor:

Sou Bacharel em Direito, formado pela Faculdade Brasileira de Ciências Jurídicas e atualmente estou fazendo Pós-Graduação em Docência Superior à distância pela UGF.

Uma Aula De Futuro

Uma Aula De Futuro

Por: Roberto Carlos Oliveira dos Santos

Sempre ouvimos dos nossos alunos frases que martelam a nossa consciência, algumas do tipo: "Professor(a), a sua aula está tão monótona que me dá um sono", ou ainda essa outra, "...Eu adoro você, más a sua matéria é muito chata". O mais importante para superar esse dilema é saber o que estamos fazendo para tirar essa impressão de que professor, estudo, aulas e escola são coisas "muito chatas". Quais os métodos que utilizamos para motivar os nossos alunos? Será que o desprezo que muitos estudantes demonstram pelo conhecimento é só culpa deles, ou será que está faltando uma melhor comunicação entre nós - um problema de linguagens conflitantes?

As gerações mais novas desenvolvem uma linguagem audiovisual que exige da nossa parte, novas estratégias, mais completas e desafiadoras. A aula expositiva e o texto impresso no papel, estão perdendo terreno para cultura Multimídia com as suas múltiplas tecnologias (Televisão, TV à cabo, Vídeo-Game, Computador, CD-Rom, etc) que, com todo universo de sons, imagens em movimento e cores, seduzem e encantam muito mais do que nós.

É preciso entender que o jovem de hoje não é melhor ou pior do que o jovem que fomos, o que está acontecendo nesse início de milênio, é que as formas de captação da informação e do conhecimento, tornaram-se mais dinâmicas e velozes. Nesse sentido, em nada adianta se estabelecer com a juventude, uma política de confronto ou de negação dos seus valores, isso somente faria de nós, reprodutores de um saber estacionado, desatualizado e por isso, inútil aos olhos deles.

Para construir aulas cada vez mais atraentes, dispomos de muitos recursos tecnológicos que devem ser conhecidos e valorizados, um exemplo disso, é o vasto desenvolvimento de programas educativos e enciclopédias temáticas. Com um mínimo de conhecimento em informática, podemos programar as nossas aulas no computador, inserindo imagens (fotos, gráficos, mapas) e textos em movimento, adicionando músicas e sons que podem envolver mais o espírito, tornando a aula mais emocionante e sedutora.

Aliados às Tecnologias da Informação e Comunicação, chamamos a atenção dos jovens para os nossos conteúdos, nas mesmas condições e igualdades à atenção que eles dispensam aos meios tecnológicos que estão em suas casas, e que, com certeza, eles gostariam de ver na sala-de-aula. Explore a Internet e descubra a enorme variedade de possibilidades pedagógicas que podemos utilizar, tais como: a disponibilização do material das nossas aulas no nosso Site, o incentivo para que os alunos criem Sites temáticos, a formação de grupos de estudos e pesquisa em chats de bate-papos virtuais (envolvendo professores, alunos e interessados) para discussão de velhos e novos paradigmas da ciência, enfim, movimentando-se em torno do mundo e encurtando as distâncias entre os que possuem sede de conhecimento.

Como Educadores, gozamos de credibilidade e somos referenciais para a sociedade. A juventude, apesar das aparências, confia em nós, e é por isso que devemos acreditar que nem tudo está perdido. Existe luz no fim do túnel. Pense nisso, pois o futuro já está aqui e ele exige respostas...

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Perfil do Autor:

Mestrando do Programa de Pós Graduação em Educação e Contemporaneidade da Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira. Graduado em História.