RECEITA DE ALFABETIZAÇÃO
Por: Marlene Carvalho
Pegue uma criança de 6 anos e lave-a bem.
Enxugue-a com cuidado, enrole-a num uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula.
Nas oito primeiras semanas, alimente-a com exercícios de prontidão, ou seja, exercícios para que ela fique pronta para aprender a ler. Na nona semana, ponha uma cartilha nas mãos da criança. Tome cuidado para que ela não se contamine no contato com livros, jornais, revistas e outros perigosos materiais impressos, pois se isso ocorrer, ela vai querer ficar mexendo eles sempre. Abra a boca da criança e faça com que ela engula as vogais, mande-a mastigar, uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada, no mínimo, 60 vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos. Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.
Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve, pelo menos, 70 % das palavras e frases engolidas. Se isto acontecer, considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente (a beca da formatura) e despache-a para a série seguinte.
Se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Ao fim de três anos, embrulhe a criança em papel pardo e coloque um rótulo: “ALUNO-DEFICIENTE.”
ALFABETIZAÇÃO SEM RECEITA
Por: Marlene Carvalho
Pegue uma criança de 6 anos ou mais, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existem muitas coisas escritas para olhar e examinar. Servem jornais velhos, revistas, embalagens, propaganda eleitoral, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, tudo que estiver entulhando os armários da escola e da sua casa. Convide a criança para brincar de ler, adivinhando o que está escrito: você vai descobrir que ela já sabe muitas coisas.
Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas de que gostam e não gostam. Escreva no quadro algumas das coisas que foram ditas e leia para ela. Peça a criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas lojas, nos ônibus, nas ruas, na televisão. Escreva algumas destas coisas no quadro. Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos e não esqueça de mandá-las limpar o chão depois para não criar problemas na escola. Todos os dias leia em voz alta para a criança alguma coisa interessante: historinha, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação. Mostre para a criança alguns tipos de coisas escritas que talvez ela não conheça: catálogo de telefone, um dicionário, um telegrama, uma carta, um bilhete, um livro de receitas de cozinha, por exemplo.
Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Não se apavore se a criança estiver “comendo” letras, até hoje não houve caso de indigestão alfabética. Acalme a supervisora e a diretora se elas ficarem alarmadas.
Invente sua própria cartilha. Use sua imaginação e sua capacidade de observação para ensinar a ler. Leia e estude, você também.
A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA Por: Luciana Martins Maia "Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador, a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática e na reflexão da prática". (FREIRE, 1991: 58). Uma boa escola se preocupa com a formação de seus alunos. Uma escola de excelência se preocupa também com a formação de seus professores. Um bom professor se preocupa em ensinar bem seus alunos. Um professor excelente se preocupa em aprender com eles ajudando-os a percorrer os caminhos em direção às suas próprias descobertas. Para isso, precisa estar bem informado, ter domínio das diversas tecnologias de ensino e ser conhecedor das principais teorias de aprendizagem. No mundo moderno, as informações aparecem em ritmo acelerado, através de diversos meios de comunicação e o professor não pode ficar parado no tempo. A escola não pode mais ser a mesma de quinhentos anos atrás. Mas esse é um discurso que todo mundo já sabe. Então o que fazer na prática? O professor, apesar da falta de tempo e do dinheiro escasso, precisa encontrar meios de se atualizar e de, a cada dia, melhorar seu desempenho profissional. Para isso, é importante que freqüente cursos, palestras, oficinas, e também eventos culturais que possam ajudá-lo a enriquecer seus conhecimentos. Através da formação continuada o professor se atualiza se insere no novo mundo, conhece novas técnicas de ensino, troca informações com outros colegas, reflete sobre sua prática, divide problemas, encontra soluções. O IDCP – Instituto de Desenvolvimento e Capacitação Profissional é uma empresa que se preocupa com o dia a dia do educador e, por isso, auxilia-o em sua jornada pedagógica e em sua prática educativa promovendo a reflexão e a troca de informações e experiências acerca do universo educacional. O IDCP acredita numa educação verdadeira, de qualidade, e para isso procura oferecer aos seus alunos todos os subsídios para que possam buscar novas alternativas de trabalho a fim de levar a uma aprendizagem realmente eficiente. Ao promover eventos presenciais como cursos, palestras, simpósios, semanas pedagógicas, feiras de livros e oferecer cursos também na modalidade à distância, a empresa pretende fazer com que cada educador consiga transformar seus sonhos de uma educação verdadeira em realidade. Os cursos à distância proporcionam uma aprendizagem rápida, de baixo custo e eficaz àqueles que não possuem disponibilidade de tempo ou acesso para freqüentar cursos presenciais. Todos devem ter direito a educação, tanto professores como os alunos e é através da aprendizagem constante que se educa o mundo.